Além de Goiânia, ainda este mês, acontecem no País vários outros festivais movimentando cidades da capital e interior
A temporada de festivais continua Brasil afora e em maio um dos mais esperados é o Bananada. A 12ª edição que acontece em Goiânia entre os dias 19 a 22, quer valorizar o cenário local, em especial o rock. Serão 23 bandas locais, entre novas e veteranas. Os destaques vão para o bom rock cru da Black Drawing Chalks e para a leveza indie da Violins. Além deles, o rock sujo e incrivelmente barulhento da Mechanics e o glam rock da Johnny Suxxx And The Fuckin’ Boys.
Entre as atrações de fora, uma das maiores apostas do produtor do festival, Fabrício Nobre, é a banda Procura-se Quem Fez Isso, do Rio Grande do Sul. Com influências de Frank Zappa, Beatles, Mutantes, The Zombies, MPB e psicodelia, o som é experimental, na linha dos Residents, vestidos a caráter e nunca mostrando os rostos.
Os conterrâneos da Rinoceronte também entram na programação ao lado da ótima Neviltion, essa do Paraná. Completam a escalação, bandas do Acre, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e até do Chile.
Nordeste
O festival goiano resolveu apostar no rock nordestino convocando o afro jazzy da Burro Morto e o indie rock da Nublado ambos da Paraíba. Do Rio Grande do Norte vai a roqueira e dançante Camarones Orquestra Guitarrística e da Bahia, a Vendo 147, que coloca no palco suas duas baterias para fazer rock instrumental de primeira.
Completam o time do lado de cá do País duas bandas com um pouco mais de tempo na estrada: os psicodélicos sergipanos da Plástico Lunar e os cearenses da Plastique Noir. Destes últimos, pode esperar um show de rock cheio de referências dark e pós-punk. As letras vão de prostitutas e travestis à decadência da cidade de Fortaleza.
Festival no sertão
Enquanto alguns festivais se consolidaram nos últimos anos, vários outros surgiram no rastro e vem contribuindo para o fortalecimento do circuito em vários estados brasileiros. Alguns deles acontecem ainda este mês, fechando o primeiro semestre. É o caso do Rock Sertão, que será realizado na pequena de Nossa Senhora da Glória, no sertão sergipano.
Com apenas 30 mil habitantes, a cidade realiza a oitava edição do festival, que este ano vai de 20 a 22 deste mês, recebendo bandas de Sergipe, como as boas Naurêa, com seu forró modernizado, e a Lacertae, com seus experimentalismos, além de três convidados de fora do estado. São elas: a experiente Mopho, de Alagoas, que faz um rock carregado de psicodelia remetendo aos anos 60; a Rosie and Me, de Curitiba, que começa a ser falada por suas bonitas canções folk acústicas, e, de novo, os baianos da Vendo 147.
Apesar de ter permanecido meio a parte na produção independente dos últimos anos, ficando sem receber com freqüência turnês de bandas e com festivais pouco relevantes, Maceió recomeça e mostra que também que integrar o circuito nacional. Mesmo sem incluir seus principais artistas, como Wado e Mopho, o Festival Maionese ganha força esse ano e realiza sua sexta edição.
O evento reúne, entre os dias 28 a 30 deste mês, 23 atrações, sendo 17 bandas locais, como o rap dub bacana de Victor Pirralho e a música brasileira universal do duo Coisa Linda Sound System. De fora, bandas que já foram mencionadas aqui como a baiana Vendo 147 (!), a sergipana Plástico Lunar, além da paraibana Nublado e a potiguar Calistoga.
Belo Horizonte
Já em Belo Horizonte, acontece entre os dias 26 e 30 de maio estreia o Flaming Festival, que vai receber nomes relevantes de várias partes do Brasil se apresentando ao lado de bandas locais. Entre os convidados confirmados estão as bandas Cachorro Grande, Vanguart, Mombojó, Canastra, Copacabana Club, além de discotecagens de DJs como Lovefoxxx, do Cansei de Ser Sexy. Uma seleção de respeito, que coloca o festival, já na estréia, com ótimo potencial para se tornar um dos principais do país.
Salvador sedia três festivais ainda este ano
Enquanto isso na Bahia, mais precisamente em Salvador, o segundo semestre promete também ser agitado com a realização de três festivais. O Big Bands, com foco maior no rock, deve realizar sua terceira edição até outubro, sem uma data precisa até o momento.
Programado para três dias, o evento deve receber artistas que estejam participando de outros festivais pelo Nordeste e pelas turnês Fora do Eixo. Mais uma vez, além dos shows, serão realizadas palestras e oficinas. O Baianada, que teve sua primeira edição realizada ano passado, também não tem data definida, mas está confirmado.
Prometendo repetir a mistura de sons e ritmos da primeira edição, este ano o festival vai incluir atrações de fora do Estado em sua programação além dos nomes locais. “A idéia é fazer um palco principal e ter também várias ações acontecendo por outros pontos da cidade. Tudo ao mesmo tempo”, explica Luisão Pereira, um dos produtores do evento.
O outro festival, o Boombahia, tem a difícil tarefa de superar a sua última edição, realizada em 2008, quando recebeu a banda norte-americana Mudhoney. Depois da pausa no ano passado, o festival volta este ano para sua quinta edição, apostando em shows, mas também realizando palestras e oficinas. Tudo marcado para dezembro, entre os dias 2 e 5.