Salvador tem hoje, sem dúvida, uma das cenas de rock mais férteis do país. São pelo menos 20 bandas com qualidade e encarando a carreira com um profissionalismo incomum no meio até então. Bandas capacitadas para tocar em qualquer lugar do Brasil. Algumas até já vêm fazendo isso com participações nos principais festivais do País. Falta, no entanto, um festival local que reúna tudo isso, que apresente as bandas para a mídia local e a de fora e, claro, para o público. Um evento que mostre que há algo interessante sendo feito na Bahia no velho mundo da guitarra, baixo e bateria. E nem é tão difícil assim realizar um bom festival. No Nordeste, quase toda capital já tem o seu, às vezes até mais de um. Na Bahia, cidades como Vitória da Conquista e Camaçari também produzem seus eventos com um bom nível. Feira de Santana é outro exemplo. Em setembro [dias 2 e 9], a cidade recebe a 6ª edição do Feira Rock Festival, reunindo nomes como Cobalto, The Honkers e Malefactor de Salvador, LP & Os Compactos e Calafrio de Feira, Koriza de Ilheús, Kbrunco de Serrinha, a pernambucana Devotos e os filandeses da Sinking.
Pelo Nordeste
Em agosto [dias 4, 5 e 6], em Natal, será realizada a 2ª edição do Festival DoSol, com bandas de peso como Dead Fish, Ludov e Mundo Livre S/A, além de grupos de quase todo o Nordeste, incluindo os baianos da Los Canos e mais uma dezena de grupos locais. Em João Pessoa, nos próximos meses, vão acontecer dois bons festivais. O primeiro, o Aumenta que é Rock, será em agosto, com bandas locais e de outros Estados, como Volver [PE], Autoramas [RJ], Forgotten Boys [SP], Relespública [PR] e os baianos da Los Canos e da Retrofoguetes. Em setembro é a vez do Festival Mundo, também reunindo nomes locais e de fora, como Bugs e Bonnies [RN], Mellotrons, The Playboys, Superoutro [PE] e a meio baiana Zackarias. Aracaju que já sediou os parados Rock-SE e Punka, realiza no começo de agosto o Nada Pode parar o Rock, que terá a gaúcha Júpiter Maçã, grupos locais e os baianos, Vendo 147, Vinil 69 e Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta. Recife, nem se fala, além dos festivais já consagrados, recebe nos dias 1º e 2 de setembro a 3ª edição do No Ar Coquetel Molotov, com uma programação que inclui os gringos Spleen e Rubin Steiner [França] e Cocorosie [EUA], os brasucas Jupiter Maçã [RS], Artificial [RJ], Debate [SP], entre outros.
Tomada
Os selos independentes baianos estão juntando as forças mais uma vez para realização de um festival local, o Tomada Rock. O fato é que ele ainda não ganhou as proporções que a cidade merece. O evento, que chega a sua 2ª edição, será realizado no Rock in Rio, no dia 6 de setembro, com as bandas Sangria, Theatro de Séraphin, Lou, Flauer, PLane of Mine e Mirabollix.
Boom Bahia
Outro festival que deve voltar, como já falamos aqui, é o Boom Bahia. Ainda não há definições quanto data e programação.
Quem vem por aí
Nos próximos meses, Salvador deve receber uma série de shows interessantes e, melhor, para todos os gostos. Alguns já estão confirmados, como Otto, Los Hermanos, DJ Hum, Engenheiros e os eletrônicos Marky, Renato Cohen e Rica Amaral. Ainda aguardando confirmação estão Totonho e Os Cabra, Cabruêra, Chico Correia, Drosophilas, Móveis Coloniais de Acaju e Jupiter Maçã.
Gringos
Salvador entra na lista de shows internacionais? Sim. Pelo menos se considerarmos RBD (dia 30/9) e Ziggy Marley (dia 07/10).
* Alguns festivais no post abaixo