No dia 20 de março, no Teatro Gamboa, Giovani Cidreira e Fatel trazem o rock cortante de suas trajetórias para um show que mira direto na pele—antes que a mente compreenda.
Giovani Cidreira e Fatel são dois artistas Baianos que trazem consigo obras distintas e diversas. Enquanto Fatel tem em sua poesia as texturas áridas do norte baiano – o aboio embutido na voz -, Giovani traz toda a complexidade da metrópole sintetizada em sua poesia marginal e apaixonada, que é declarada com sangue e vísceras.
E talvez seja aí, no vermelho, que esses artistas colidem e se assemelham, para além de uma série de referências e inspirações em comum na música brasileira. Aqui temos dois jovens com veias pulsantes no rock. Com passagem marcante pela “Velotroz”, Giovani Cidreira sempre deixou claro como a mensagem deve ser dada. Assim como Fatel, que compõe “A Trupe Poligodelica” e sempre apostou na mesma linguagem de inserção. O alvo da palavra aqui é, antes de tudo, a carne. O alumbramento, o pasmo, o arrebatamento, o rasgo.
O que Fatel e Giovani miram quando cantam é a epiderme. Que a carne sinta antes que o cérebro entenda: como são os Cortes de Navalha.
Giovani Cidreira e Fatel
Dia 20 de março, 17 e 19 horas
Teatro Gamboa – Largo dos Aflitos, 3 – Dois de Julho
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Vendas: Sympla