Festival Big Bands divulga programação com Graforréia Xilarmônica, Cabruêra, Macaco Bong, Headhunter D.C e Vendo 147.
Se Salvador possui atualmente algumas opções de festivais (veja em alguns dias matéria com o que vem por ai), o Big Bands é ainda o mais rock´n roll deles. Organizado pelo já lendário e veterano Rogério Big Bross, em parceira com a Quina Cultural, o evento chega em outubro a sua quinta edição reunindo novos e velhos nomes do rock brasileiro e baiano. Realizado em dias esparsados, entre 22 de outubro e 3 de novembro, o festival inclui alem de shows, palestras, debates e oficinas. Entre os destaques da programação estão os gaúchos da banda Graforréia Xilarmônica, os paraibanos da Cabruêra, os matogrossenses da Macaco Bong e um time de bandas novas e veteranas do cenário local, como a Headhunter D.C que está comemorando 25 anos de estrada e Vendo 147.
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Mais do que grandes headliners famosos, a aposta do festival é muito mais em trazer nomes relevantes e históricos do rock nacional ao lado de novidades ainda desconhecidas. A grande surpresas é a Graforréia Xilarmônica, banda antológica do rock gaúcho, formada em 1987 e que voltou depois de 25 anos. A formação é a clássica, com os quarentões Frank Jorge (vocal e baixo), Carlo Pianta (guitarra e vocal de apoio), Marcelo Birck (guitarra e vocal) e Alexandre Birck (bateria). Para quem não ligou o nome a pessoas, são alguns dos nomes mais importantes do rock gaúcho e responsáveis por alguns clássicos, como “Amigo Punk”, conhecida na voz de Wander Wildner, assim como “Empregada”. Quem também regravou músicas da banda foi o Pato Fu (“Eu” e “Nunca Diga”). O som é rock gaúcho, ou seja, uma boa dose de jovem guarda e rock dos anos 60, com elementos de nonsense.
Com a mesma idade, a Headhunter D.C vai por outro caminho. É a mais tradicional banda de heavy metal da Bahia e a mais antiga de death metal do Nordeste, com vários trabalhos lançados no Brasil e na Europa e turnês que rodaram o Brasil e a América Latina. Atualmente o gruo é formado por Sérgio “Baloff” Borges (vocais), Paulo Lisboa e George Lessa (guitarras), Zulbert Buery (baixo) e Daniel Brandão (bateria). Outro nome veterano é o de Messias. Vocalista do ícone do indie baiano, a banda brincando de deus, ele encarou uma carreira solo, iniciando logo com um disco triplo. Completa o time de artistas com mais idade, a banda paraibana Cabruêra, que não trafega bem pelo rock e sim pela música nordestina popular e ainda moderna. O grupo tem viajado por vários países e volta a Salvador para apresentar seu mais novo disco, ‘Nordeste Oculto’.
Não muito conhecido, mas também de longa atividade, vem o Fúria Consciente, grupo de hip hop de Savador, criado em 1998 e que segue a tradicional linha do gênero, aliando música e projetos sociais e pedagógicos. Outra um pouco menos veterana, mas na ativa há mais de uma década é a Modus Operandi, formada em 1996 e que faz um som não comum na Bahia, mesclando gótico, industrial, Pós Punk, Robot Rock e psicodelia, sem guitarra e com uma furadeira produzindo os ruídos. A formação não tem nada de tradicional: David (voz e sintetizador), Henrique “Letárgico” (contrabaixo), Marcos (sucatas, furadeira, e outros efeitos) e Eduardo (bateria).
Um dos focos do festival é o já conhecido cenário do rock instrumental brasileiro e baiano, com destaque para a badalada Macaco Bong, de Cuiabá, que faz um rock instrumental e experimental com doses de world music, jazz, fusion folk e house. A Bahia marca presença com a Vendo 147, banda de rock instrumental com clone -drums (duas baterias acopladas em bumbo único) que já circulou bastante pelo Brasil; e outras mais novas, Tentrio e Hessel, dois power trios de rock instrumental de Salvador. A programação tem ainda a Bestiário, grupo de rock pesado, formado por algumas figurinhas carimbadas do rock baiano, entre eles o vocalista Mauro Pithon, ex-Úteros em Fúria e Sangria; a Gozo de Lebre, destaque aqui no blog no texto Novíssimos baianos há uns dois meses, que faz um rock sujo, com pegada blues; Irmão Carlos e O Catado, com sua mistura de black music, rock e percussão experimental. Dois convidados completam a programação, a banda Tangerina Jones, de Feira de Santana, que faz um som calcado em blues e rock, enquanto a mineira Festenkois faz um rock mais pesada, caminhando pelo stoner rock, grunge e heavy metal.
Confira a Programação do Festival Big Bands
Dia 26.10 (sexta-feira), a partir das 20h
Praça Tereza Batista – entrada gratuita
Fúria Consciente (BA)
Irmão Carlos e O Catado (BA)
Cabruêra (PB)
Dia 27.10 (sábado), a partir das 17h
Praça Tereza Batista – entrada gratuita
Hessel (BA)
Festenkois (MG)
Bestiário (BA)
Headhunter D.C (BA)
Dia 28.10 (domingo), a partir das 17h
Praça Tereza Batista – entrada gratuita
Gozo de Lebre (BA)
Tangerina Jones (Feira de Santana-BA)
Modus Operandi (BA)
Messias (BA)
Graforréia Xilarmônica (RS)
Dia 03.11 (sábado), a partir das 23h
Festa de encerramento do Festival Bigbands
Portela Café – R$20
Atrações:
Tentrio (BA)
Vendo 147 (BA)
Macaco Bong (MT)
DJ BigBross (BA)
SERVIÇO
Festival Bigbands 2012
Quando: 22 a 28 de outubro | 3 de novembro
Onde: Praça Tereza Batista| Portela Café
Quanto: Grátis | R$20
Classificação etária: livre | 18 anos
Realização: Coletivo Quina Cultural